sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

feitos
desfeitos
refeitos
planos de um louco

feios
mal feitos
suspeitos
olhos de um louco

breves
leves
ultraleves
sonhos de um povo

feitos como os meus
feios como os teus
breves como a vida

terça-feira, 24 de agosto de 2010

se eu falasse---

Se derepente eu dissesse
o que paira na mente
se resolvesse escrever
o que meu âmago não mente
tudo que tenho a dizer ..
se derepente num lápso
a rédea eu soltasse
os teua segredos saltasse
os teus misterios contasse

Ah...
se derrepente essa angustia
que vai dilatante
lograsse amnistia
parasse adiante
e soltasse minha lingua falante...

ah se eu falasse...

desencantava
decepcionava
desapotava
apontava pra mim muitas flechas
comprava pra mim uma guerra

fotografia

E assim atoa a te olhar
Passando a limpo o que ficou
E nesta foto o teu olhar
Parece ver que em mim ficou

Te olho tanto e tanto vejo
Tantos desejos meus desfeitos
Eu me distraio e pestanejo
E ouço falar dos meus defeitos.

Menina doce zombeteira
Nunca me das razao de queixa
Já não reparas na poeira
Que ao partir você me deixa

volante embriagado

E os meus sentidos me contradizem.
A embriagues do meu volante
só culpa os copos que eu bebi
Os q eu paguei
E os que eu ganhei

A 10 por hora te deixo em casa
A 100 por hra desapareço.
Estacionando
Ouço pássaros que despertei
recepçao de boas vindas
Dos galhos vivos desta arvore
que um belo dia nao plantei.

Chegando em casa
o esquecimento
dos versos todos que imaginei
é vã a presença que eu esperei
vazia a mente
é viu a semente

sobrinhos em casa

Férias escolares = todos os sobrinhos em casa.
Os pais a trabalharem não veem outra solução a nao ser recorrer de vez em quando aos cuidados da vovó...
Apesar do barulho, a casa de pernas pro ar, as brigas envolvendo os 5 sobrinhos de uma vez só, sem querer vemo-nos a morrer de raiva e a morrer de rir.
Numa dessas vezes estava eu no meu quato tentando aliviar-me um pouco da ruidosa alegria la da sala.
Derepente os sobrinhos resolveram matar saudades da escola e uma ,de 4 anos, sugeriu.
--Vamos brincar de escolinha!
Antes que alguem se lembrasse a mesma sugeriu:
--Eu sou a professora e pra começar a aula estão todos de castigo!

boca amarga

Viceral
Raiva louca
Expande à pele
Que sua e treme
Amarga a boca
Que turva a vista
E os cinco sentidos
Suspira e geme
A amaridão
Que alma sente.

Suja imunda
provocaçao
Corte profundo
Da espada fria
Q encontra a alma
E acende a ira.

papel

Em constante mutaçao e brevidade
Cada frase um parágrago
Cada espaço uma vírgula
Fervilha insanidade escrita
Sem aposto que esclareça
Sem diálogo que entretenha
algum trecho que pareça
Um resumo da reseha
Idéias tontas ideias soltas
Tantas folhas sem agrafo
Folha, infértil celulose
com essas frases de esclesose
Anseias tao forte essa viagem
Tua passagem a reciclagem

antes saudade

Antes saudade
Lenbrar-te , lembrar-se
Regressar em memória
Rever uma história
Arder em saudade

Antes saudade
Ver-te, querer-te, sentir-te
E ter-te saudade

Sonhar a metade
Do sonho do encontro
Antes aqui
longe daí
Que presente sentir
A brisa que leva
O sonho do econtro

Ausente sentir-te
Quase tocar
Quase realizar

Presente
Deixo de ver-te
Volto a querer-te
Não ter-te

I love you saudade!

vazio

Cheguei.
Vim expôr o vazio
Vou embora
Nessa hora de quase aurora
Sem eco , sem nexo
Espero o vazio
Vácuo
Buraco negro
Que atrai e me esvai
Um sôfrego fôlego
Que aqui jáz
e se desfaz
Nunca sacia
Fonte da fome
Azia
Buraco Negro

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

saltar os muros

inesperadamente
faz-me abrir os olhos
emaranhados pensamentos disconexos.
Acelerando desordenadamente as pulsações.

Contemplo a calma vagabunda
Sumir de vista
que ao mesmo tempo traz o tempo.
Acelerando a "incertidão" da tua visita
O sobe e desce desfrenado do meu peito
é o passatempo preferido desta espera.

Um sono breve enquanto espero
Saltar o muro entre nós.
Um pouso leve tanto faz
Fundir os mundos entre nós

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

teus olhos frios

Sinto nas mãos o tremor de quem teme.não deixo de sentir nos pés o gelo, basta um segundo pra aquecer e a noite toda pra esfriar. Senti teus olhos frios, tua boca longe e teu corpo quente.
Longe de mim , longe de amar. Seria capaz de dizer não? O que te move , que te leva o que te faz dar passos sem mover? O que me irrita em você?
Se passa o sono não passa as horas , não passa a noite não passa a fome.
Fome é vazio, fome é meu vício, fome não some. Mas nem um fresta por entre os escombros. Mas a raiva sobe a garganta e cala em tormento e sofre em silêncio ouvindo os ruidos da felicidade de quem vai lá fora.