Saimos cedo, a estrada estava livre. Uma viagem agradabilíssima, sem pressa e muitas fotos. O rádio do carro não funcionava ,mas em momento algum isso pareceu incomodar, isso porque não sei se conheço um camarada melhor de resenha do que o Denis. Falamos de quase tudo e quase nada sem gargalhadas. Muito além da metade do caminho reparei que íamos por uma sinuosa estrada incomum a quem vai de Lisboa à Serra da Estrela, lembrei que já ali tinha passado quando erramos o caminho da outra vez que vim com a Carla a Serra. Mas desta vez o caminho nao foi por engano, íamos a aldeia da Isabel(Casal do Rei) buscar as calças, luvas, botas e claro, os trenós pra fazer" Skcu" .
Ao aproximarmos , via-se ao longe a típica aldeia de não mais que 50 casas empilhadas na encosta da serra. Pegamos nas coisas almoçamos e rumamos à neve.
Ao chegar ao cume via-se a incontida disposiçao a qualquer um que alí pisava.
Quem sabia e quem podia esquiava, quem nao podia, fazia skcú, uns com trenós, outros com um pedaço de plástico improvisado cada um se virava e ia parar lá embaixo arrastando o rabo na néve, deitado de peito,
rodopiando, rolando, caindo... de qualquer jeito!
Pra completar tudo que de bom aconteceu no alto desta serra branca, encontrei lá minha amiga Rose que neste mesmo dia foi lá parar junto com uma outra galera que foi de excurção. Rose, valeu pela bandeirinha do Brasil!
Chegou a tarde e por mais que não quiséssemos, tínhamos que voltar.
Já de volta a aldeia, e na nossa casa, tudo modesto, simples, um pouco moderno ao pé do verdadeiro modesto, uma acolhedora lareira ao meio da cozinha, vinho tinto e azeite produzido nas caves da própria casa. trouxemos chouriço, pão e queijo da serra. Tudo pronto pro jantar.
Incomparável sabor deste queijo saboreado ao calor e ao som do crepitar da lenha na lareira. A cada copo de vinho, mais calorosa a conversa a respeito de não sei o que.
Tanta amabilidade, tanta receptividade da parte desta gente me encanta e me ensina de uma maneira imcontestável.
